Brincando de Morte
A mortalha lhe veste bem, feito Prada;
Realça a cor dos teus lindos olhos
Deixa um resquício de alma penada,
Injuriantes, tensos, flameja nos ossos.
Há uma atração que tenho pela Morte,
Ela vem com túnica preta, elegante...
Brincando com vidas e com a sorte
Vejo-te respingando de medo, ofegante.
Quando ela surge, vem sem aviso prévio,
Arromba à porta, sufoca-lhe o peito.
Com um mantra abraça-te em sortilégio.
Apressa-te, ou dormirás jazida, negue-a;
Não a ollhe dentro dos teus olhos negros
Ou renda-te e despeça da Vida, segue-a!...
{Meus Sonetos II}