A Dor de Gaia
O firmamento ruge todo com assombros:
Troam Rochedo, pedra e chão que se descerra
Também; Que o solo inteiro alarda-se em escombros,
Estremecendo o solo e as fundações da Terra!
Desta titã que acorda e a essência o mundo encerra
vê-se o relevo: os dois montes como seus ombros,
Parnaso e Olimpo, e, seu peito, é como na serra
a estepe: longa, infinda e ocultada em ressombros...
Mas grita! Geme! A voz ecoa pelo solo
que despertando vai de Gaia, cujo o colo
espasma e range em dor! Convulsa em Nascimentos:
Rompem a superfície! Invadem aos milhares!
Irados, a rugir, rosnando para os ares:
Titãs! Vulgares, vãos, selvagens, violentos...