ARDÊNCIA
A sede de te amar se assenhoreia
dos meus lábios perdidos que, convulsos,
de ardência são vertentes, nada os freia...
À flor da pele deixas meus impulsos!
Transpiras sedução que me incendeia
e dás sabor aos dias... São insulsos
se preso não estou em tua teia.
Se vens, quaisquer tormentos são repulsos.
Saliva já sentindo os méis, delícias
que trazes nos teus beijos delirantes,
a boca sequiosa, incandescida.
Apressa-te, preciso das blandícias,
das mãos acetinadas, enleantes
em mim, numa explosão de amor, querida.