DESERTO

Terra calva e árida

Que o sol beija ardente

Sem vida aparente

No teu seio caudalosos rios.

A noite chega mansa

E te envolve no seu manto

O vento em ti se lança

Com gemidos e pranto.

Cobrem-te tempestades

Turvam-te nuvens de areia

E te fazem medonha e feia.

Terra de grande sequidão

Que o desejo abomina,

Mas que aos olhos ilude e mina.