ÚLTIMA  JURA


Entre cipreste tem sombra escondida
Alí vagando, por cruz  e crisanto
No escuro, procurando em campo santo
O amor , que já partiu para outra vida
 
Na fraca luz da lua comovida
O mocho em seu funéreo triste canto
Consola o ser molhado pelo pranto
A caminhar sem rumo... enlouquecida
 
Vê de repente, a tumba que procura
Tão forte luz!...Relâmpago no céu
Clareia...Escura lápide fulgura!
 
Cobrindo o rosto, um negro e triste véu...
A sombra cumpre sua última jura:-
Deixou seus versos, sobre o mausoléu!



Yeyé






***Esta poesia é apenas uma inspiração***

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MAGNÍFICO  SONETO  DO  AMIGO
E  NOBRE  POETA  RICARDO CAMACHO



*** VULTOS  TUMULARES  DA  HUMANIDADE ***

Por cânticos dos cânticos finais,
Uma certeza negra sempre espera
No desmanchar duma senil quimera
Tão rotineiramente entre os mortais!
 
Por pânicos dos pânicos letais,
Uma incerteza no porvir prospera,
Com a lembrança cinza desespera,
Bem próxima à passagem dos portais!
 
Eis a imaginação como um retrato!
Pois, com a morte, todos, num contrato
Percorrem, infelizes e chorosos...
 
Em plena convicção do estranho trato,
Do tredo bem-estar do riso abstrato,
Desfilam sós por sonhos langorosos!

 RICARDO CAMACHO


 Obrigada, Ilustre Poeta, é uma honra
tua presença , na minha escrivaninha

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MAGNÍFICO  SONETO  DA
 POETISA  ESTHER  LESSA


***ESTRELA DA MANHÃ***
 
A procurar-te saio enlouquecida
Para te dar os versos que guardei
Porque pra longe foste inda não sei
Dentro de tua ausência estou perdida
 
Mas angústia não me deixou tolhida
Em pedregoso vale te busquei
Até no campo santo eu procurei
Tua poesia em mim, jamais esquecida!
 
Em solitária estrada a caminhar
Escuto o pio triste... de ave aldeã
Amarga desesperança a pontuar
 
Eu não desisto e num contínuo afã
Em afortunada hora aos céus lanço o olhar
Enfim te encontro... na estrela da manhã!

ESTHER  LESSA




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MAGNÍFICO  SONETO  DO  ILUSTRE  POETA  CARLOS  ALBERTO  SOUZA


***Fúnebre Versejar***
 
Nas copas já cantava o bacurau,
Mas ela não fez caso do escuro,
De traje negro e semblante duro,
Não pôde se expressar no funeral.
 
O vento ao seu redor em rodopio
E a dama em sua busca vai,
Tateando entre túmulos, na paz...
É alta madrugada e faz frio.
 
Trovões e um raio finda o tormento,
Agora que encontrou sólida tumba,
Depositando nela dor profunda.
 
Versos d'amor, entoam seu lamento,
Lembranças que sua alma inunda,
Envolta na saudade ela se afunda...

CARLOS ALBERTO SOUZA


Obrigada, Nobre Poeta, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha


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MAGNÍFICO  SONETO  DA  AMIGA
E  ILUSTRE  POETISA 
SONYA  AZEVEDO



***ETERNA  JURA***
 
Quando estrelas se olvidam de brilhar
Por temerem as vãs sombras noturnas,
Os piares, as cantorias soturnas,
 Tu te rompes, ó meu seio, em prantear.
 
E a saudade, um dia me fez jurar,
Sobre a pedra fria desta tua urna
Que a este meu coração enfurna,
Deixar meus versos à noite admirar.
 
A garoa que encobre o campo santo,
Onde deitas nosso caro passado,
São os versos escritos com meu pranto.
 
E os neones que do céu caem descuidados,
Pensam encobrir a voz do meu canto
Que teima em não romper com o passado.

SONYA   AZEVEDO


Obrigada, Nobre Poetisa, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha

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MAGNÍFICO SONETO DO ILUSTRE
POETA  GUALBERTO MARQUES

*** OS ÚLTIMOS VERSOS ***
 
Foi em lágrimas que afoguei o coração,
Quando sem um Adeus, de nós partistes.
Seria meu pressentimento, ou intuição?..
A ninguém contei como me afligiste.
 
Só Deus-Pai, Ele e Eu podiam saber.
Assim guardei este cruel pensamento.
Só Ele poderia tal infausto deter.
Se pudesse alterar tal passamento.
 
Muitos são os anos, que por Ele rogo
A Deus, e jamais deixarei de o fazer.
Haverá um dia que tal vai acontecer.
 
Nesse dia então a Deus Pai imploro:
Pai?! Que Eu e Ele possamos por todos orar.
Estes versos a nossas cinzas se vão juntar.
 
*** Faro, 16 Maio 2018 gmarques ***

Obrigada, Nobre Poeta, é uma honra
tua presença na minha escrivaninha

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MAGNÍFICO SONETO DO ILUSRE
POETA  THIAGO  ARAUJO



***NAQUELA AMARGA SENDA DESGRAÇADA***

Naquela amarga senda desgraçada
Por onde os mortos passam, tantos, tantos
Em agonia um morto ali desaba em prantos
No meio de outras velas apagadas
 
Como chora um morto ao véu do nada?
Já consolado em funéreo manto
E transladou-se em negro canto...
...ao mocho piador ao céu da amada
 
Em meio aos marmóreos monumentos
Ela tombada nas cruzes dos lamentos
Tal uma sombra a vagar perdida
 
Então veio o conforto dos umbrais
Ali onde as almas encontram a paz
Lá onde tantas almas são esquecidas
 
THIAGO  ARAUJO

Obrigada, Nobre Poeta,  é uma honra
tua presença na minha escrivaninha

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Yeyé Braga
Enviado por Yeyé Braga em 12/04/2018
Reeditado em 09/09/2022
Código do texto: T6306953
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