A BANHAR

A BANHAR

O bulício das águas contra as lajes

Ao descer os degraus da corredeira...

Aonde eu te levei por companheira

A nos havermos sem pejo nem trajes.

Não importa por onde ou com quem viajes,

Jamais encontrarás igual ribeira!

Tampouco te verás, aventureira,

Tão mais longe dos vis e seus ultrajes...

 

Onde toda a nudez jaz inocente

E mulher e homem são naturalmente

Dois bichos a banhar-se em pleno cio.

 

Guarda no coração aquela tarde,

Cujo recordo ainda em desejo arde

Meu corpo sob as águas d'esse rio.

 

Santana do Riacho - 12 10 2012