Soneto Como estação.

Se assim me toma como estação,

então que esta seja a primavera.

Que seja essa fase de perfeição

a se esquece a última que estivera.

E quando esquecida a vil quimera

colherá o fruto doce em sua mão,

a friagem afiada não será severa

e terá pés acolhidos em fixo chão.

Vai se perder em cores e texturas.

Em batida vai acalentar o coração

e se reconhecerá feito tal qual fera.

Quando a alma se tornar criatura

com tal fortitude sem extinção.

Eu ficarei aqui, escrevendo sua era.