Soneto Meu ultimo endereço
Soneto
Meu ultimo Endereço
Vagueio ao léu, em meu imaginário.
Percorrendo vias e sendas tortuosas.
Vivo quimeras, ilusões fantasiosas.
Pregresso vivo sem rota, sem itinerário.
Mascaras que caem, em vão doutrinário.
Língua cega, palavras sobrepostas.
Pago pra ver... jogo sem apostas.
Palavra desconexa, sem dicionário.
Vivo na vida sem rumo, sem rota.
Meu endereço é a rua, o banco da praça.
Tranquilo sem somas no bolso, pago o preço.
Amargo ou agridoce, nada mais me importa.
É o tempero da vida, quem vive, suporta.
Depois do viver... Morrer é o endereço.
Adilson Tinoco
Readaptado em 09/04/18