NÃO MUDOU NADA

Não mudou nada - só os cabelos brancos,

Querem mostrar que o tempo manifesta,

Fato que o coração, sempre contesta,

Guardando a juventude num atranco

Não mudou nada – a mesma veemência,

Que faz sentir-se em meio aos pudores

O mesmo ardor em busca dos amores…

Somente os passos… - perdem a cadência

Não mudou nada… - o mesmo sentimento…

Que bem sonhou, ficar da dor isento,

E acumular das lutas, a vitória

Não mudou nada... - é o tempo que veloz

Enrouqueceu também a sua voz…

Que insiste recontar a mesma história..

(Rose Galvao / April 18)

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Agradecendo a bela interação da Poetisa Esther Ribeiro Gomes

- Obrigada Esther!

Impermanência

O tempo passa feito um vendaval,

branqueia os cabelos, desfaz ilusões,

arrebata sonhos, nada mais é igual,

mas não leva lembranças e emoções...

Os passos cansados caminham ao vento,

o corpo envelhece, mas a alma voa,

o tempo não freia o pensamento

que viaja pelas brumas, à toa...

Novos sonhos virão, quiçá mais maduros,

mas os dias não precisam ser escuros...

A esperança renasce em cada aurora!

A vida é efêmera, o tempo é veloz,

a sabedoria desfaz os nós,

e a felicidade é a paz de agora!

( Esther Ribeiro Gomes )

Rose Galvao
Enviado por Rose Galvao em 08/04/2018
Reeditado em 25/05/2018
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