Soneto a esperar

Quando segurei tua delicada mão

Foi um pedido para salvar-me

De todo meu medo e frio

De abrir a porta que há em mim.

Quando segurei tua delicada mão

Apenas queria um beijo no rosto

Precisava saber que estava ali

Não apenas de corpo.

Quando soltaste minha calejada mão

O frio em teu olhar escureceu a mim

E por dentro morri novamente.

Restou-me sentir teu perfume na mão

E viajar pelos pensamentos distantes

Ainda sou aquele a esperar.