Lágrimas no beiral
Crescera junto às turvas águas de um velho açude,
meus sonhos, eram lágrimas que do beiral muitas derramei.
Da carnaúba, meu cavalo do talo tirei e cavalguei nas lembranças até a juventude,
para em papel, deixá-las na parede do alpendre, juntando-se à paisagens que nunca esquecerei,
mas guardo-as como fragmentos de uma linda história,
sombras do nada, da seca e mesmo dos poucos trapos que vestiam o meu corpo,
eram marcas do tempo desnudando minha trajetória,
pois nublados eram os dias que viriam estrada afora, um porto, um rio e tudo era o meu oposto.
Sem rumo, nas esquinas perdia-me e falava com o vento;
Não era muito pedir-lhe, dá-me a força de menino ser novamente, devolve-me a vida, o seu gosto.
Sopra-me com os teus gestos, um pouco de alento.
Abranda a dor das linhas que o tempo tem me posto,
não curve-me diante do novo agreste, da nova labuta, do mesmo sofrimento,
traz a nuvem, leva o homem violento, devolve-me ao doce sabor daquele rosto.
Crescera junto às turvas águas de um velho açude,
meus sonhos, eram lágrimas que do beiral muitas derramei.
Da carnaúba, meu cavalo do talo tirei e cavalguei nas lembranças até a juventude,
para em papel, deixá-las na parede do alpendre, juntando-se à paisagens que nunca esquecerei,
mas guardo-as como fragmentos de uma linda história,
sombras do nada, da seca e mesmo dos poucos trapos que vestiam o meu corpo,
eram marcas do tempo desnudando minha trajetória,
pois nublados eram os dias que viriam estrada afora, um porto, um rio e tudo era o meu oposto.
Sem rumo, nas esquinas perdia-me e falava com o vento;
Não era muito pedir-lhe, dá-me a força de menino ser novamente, devolve-me a vida, o seu gosto.
Sopra-me com os teus gestos, um pouco de alento.
Abranda a dor das linhas que o tempo tem me posto,
não curve-me diante do novo agreste, da nova labuta, do mesmo sofrimento,
traz a nuvem, leva o homem violento, devolve-me ao doce sabor daquele rosto.