O HOMEM E O DEGREDO
Homem escravo que jaz no deserto
Num mar de areia no esquecimento
No infindo inferno do tétrico tormento
No ocre castigo pérfido e incerto.
Imerso nos delírios de uma imagem
No braço abissal de uma punição
Nas batidas incertas da pulsação
Numa súcia indômita e selvagem.
Sou o anjo entre os condenados
Homem impertinente das estranhas
Das íntimas e vulgares entranhas.
Nos séculos febris dos degolados
Combatido no limite de suas manhas
Da morte à crueldade das piranhas.
DR FLYNN