O HOMEM E O DEGREDO

Homem escravo que jaz no deserto

Num mar de areia no esquecimento

No infindo inferno do tétrico tormento

No ocre castigo pérfido e incerto.

Imerso nos delírios de uma imagem

No braço abissal de uma punição

Nas batidas incertas da pulsação

Numa súcia indômita e selvagem.

Sou o anjo entre os condenados

Homem impertinente das estranhas

Das íntimas e vulgares entranhas.

Nos séculos febris dos degolados

Combatido no limite de suas manhas

Da morte à crueldade das piranhas.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 29/08/2007
Reeditado em 29/08/2007
Código do texto: T629797