Que bicho sou eu?
Aqui nos galhos, o mundo devagar passa,
devagar e constante na melhor premissa;
vivo julgando que quase ninguém me caça,
ando carregando a minha macia peliça.
Viver vagarosamente, saibam, é massa!
me alimentando de folhas de hortaliça;
nada haverá portanto que aqui se faça,
que minha vontade de não apressar atiça.
Se um caçador vem atrás de mim, embaça,
Porque ele é persistente naquela cobiça,
e nesta floresta a fauna se torna escassa.
Sou o mamífero que não entra nessa liça,
onde qualquer animal selvagem se enlaça,
pois, da ordem Folivora, sou o Bicho preguiça.