Fractal I
Certa de que existiria pelo deleite
Subsistindo apesar do afora cruel
Deixei que, da esperança, um véu
Circundasse-me com fé de afeite;
Antes da consciência proferir-me
Que era, a esperança, uma morte,
Já, tão sutilmente, à fictícia sorte,
Ousei - erro pueril - debruçar-me.
Eis que vislumbro nocivas veras
No pós pensar que, diante à dor,
Fez-se necessário p'ras quimeras
Jazerem em um mudo estridor
Deixando-me a culpa que gera
Amargura em profundo sopor.
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