Fractal I

Certa de que existiria pelo deleite

Subsistindo apesar do afora cruel

Deixei que, da esperança, um véu

Circundasse-me com fé de afeite;

Antes da consciência proferir-me

Que era, a esperança, uma morte,

Já, tão sutilmente, à fictícia sorte,

Ousei - erro pueril - debruçar-me.

Eis que vislumbro nocivas veras

No pós pensar que, diante à dor,

Fez-se necessário p'ras quimeras

Jazerem em um mudo estridor

Deixando-me a culpa que gera

Amargura em profundo sopor.

~

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Sara Melissa de Azevedo
Enviado por Sara Melissa de Azevedo em 31/03/2018
Código do texto: T6295921
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