Nossos Prantos
A noite chora lágrimas de orvalho;
A lua beija as pétalas das flores;
O sono traz da vida em seus atalhos,
Um arco-íris de sonhos multicores!
Sonha o plebeu, cansado do trabalho;
A meretriz vendendo os seus favores;
Sonha o perverso rei dos atos falhos,
Sonham poetas, leigos e doutores!
Na noite adentro o tempo envolve a gente
Com suas asas de mágicos encantos
E sonhamos viver eternamente...
Cada sonho é cantiga de acalanto
Que em seu gesto sublime, docemente,
O universo responde aos nossos prantos!