SONETO À PAIXÃO DE CRISTO
Ainda pendurado no madeiro
Sabendo que sua hora chegava
Ele que era também humano
E como ser humano. Vacilava?
Pai, por que me abandonastes?
Dizia aos céus em sua agonia
Não era ao martírio, entretanto
Ao que ele se referia
Sabia que era mais forte
E que venceria a morte
Mas o que o entristecia
Era saber que ainda precisaria
Voltar a esse mundo algum dia
Para tornar a mostrar-nos o norte