TAL QUAL UM CÃO SEM DONO
 
Nas noites, frias que sem lua também,
Trilha na vida sem rumo seguindo,
Rasgando, saco de lixo, ver se tem;
Meio sujeira, pão, fome sentindo!
 
Mas maldoso sempre há e eis que um,
Manda, sem piedade, tijolada;
Sem defesa, o miserável, comum;
Sai cabisbaixo, pão, boca tirado.
 
Abandonado, como sofre um cão!
Casa; não aceitam, rua enviam.
Sem afago, pedradas por afeição:
 
Ainda, leis existem, abrigariam;
A maior tolice esta ilusão:
Rouba-nos o pão, o chefe da nação!
 
Barrinha 30 de março de 2018

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antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 30/03/2018
Reeditado em 30/03/2018
Código do texto: T6294926
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