CRIATURAS SOLITÁRIAS
O mais difícil da vida é à vera
De aceitar que todos somos sós
Nos enganamos alinhavando nós
Pra cada um, uma cruz só nos espera...
A jornada é breve e curta
Quem busca a primavera eternidade
Em vão a procura e logo surta
O beijo da morte é o outono da sua vaidade
Entender o que é a morte e sua vil semente
Sem no entanto conhecer o que é a vida?
Nos enterram sem nascer um pé da gente...
E assim corpos e lápides se ajuntam
Se amotinam em iguais ossaturas
Criaturas tatuadas, saudades em fraturas...