FRÁGEIS PONTOS....

Vil tempo que passa e tortura,

Que viu minha queda em prantos,

Em prontos artifícios e loucura,

De uma alma rasgada no recanto.

Repara em cada soneto, procura,

Haverá coisas de ti, um tanto,

Falando de fel, de véu, doçura,

À esconder o amor nos cantos.

Nos quais a linha da mente costura,

As vezes à salvar, em delicadas suturas,

A rés pele dos delírios em contos.

Ou então, tenta manter a postura,

Mentindo ao dizer que o amor satura,

Fazendo romper tão frágeis pontos.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 29/03/2018
Código do texto: T6294457
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