FRÁGEIS PONTOS....
Vil tempo que passa e tortura,
Que viu minha queda em prantos,
Em prontos artifícios e loucura,
De uma alma rasgada no recanto.
Repara em cada soneto, procura,
Haverá coisas de ti, um tanto,
Falando de fel, de véu, doçura,
À esconder o amor nos cantos.
Nos quais a linha da mente costura,
As vezes à salvar, em delicadas suturas,
A rés pele dos delírios em contos.
Ou então, tenta manter a postura,
Mentindo ao dizer que o amor satura,
Fazendo romper tão frágeis pontos.