MATÉRIA SEM ANIMAÇÃO
Ó lama vermelha e grudenta,
que a meus pés vem suplicar,
querendo me acompanhar
nesta vida de cruel tormenta.
Ó barro, forma inacabada,
primeira matéria sem animação,
que no silêncio deste chão
faz parte da mesma estrada.
Não vês como é triste
a vida que ainda resiste,
em mim, por ser tão só?
Continua na sua inexistência
de barro sem aparência,
pois no fim, seremos todos um só pó.
Nova Serrana (MG), 28 de dezembro 2007.