COQUETEL
No carinho das noites estreladas
Compostas para serem um delírio
As lentes sobre o nu como colírio
São torpor nos sentidos dissipadas
Tal arte está de mãos deliciadas
Sensualidade até, prateado lírio
Em que o torpor se faz cheio de brio
A perpetrar nas áreas mais sagradas
Cálice borbulhante de cristais
Capricho da paixão incandescente
Por suspiros letárgicos e ais
E a força musicada e recorrente
Faz radiante e com gestos ancestrais
Um coquetel de corpos ventre a ventre