COQUETEL

No carinho das noites estreladas

Compostas para serem um delírio

As lentes sobre o nu como colírio

São torpor nos sentidos dissipadas

Tal arte está de mãos deliciadas

Sensualidade até, prateado lírio

Em que o torpor se faz cheio de brio

A perpetrar nas áreas mais sagradas

Cálice borbulhante de cristais

Capricho da paixão incandescente

Por suspiros letárgicos e ais

E a força musicada e recorrente

Faz radiante e com gestos ancestrais

Um coquetel de corpos ventre a ventre

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 29/03/2018
Código do texto: T6293798
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