Tantos dedos em riste e nenhuma mão para ajudar.

Havia em mim aquele alto silêncio,

E o velho monge insistia em quebrar.

Com suas águas fortes e ininterruptas,

Apoiadas pela chuva que não quis passar.

Trazia-me uma avalanche de lembranças,

Daquilo que a virgem do sertão um dia foi.

E uma dor pelo ela que nunca mais será.

Então na tentativa de que alguem se rebele.

Percebo que como eu, o povo não é alegre!

E que falta de esperança passou a castigar.

Mas como um guerreiro timbira irresignado,

Não tenho medo de ter que ser sacrificado,

Nessa luta de egos e tantos dedos em riste,

E que não tem nenhuma mão para ajudar.

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 28/03/2018
Reeditado em 28/03/2018
Código do texto: T6292990
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