A PASSAGEM DO JEJUM.

Dos terráqueos eu sou um mero inquilino,

Prosseguindo a encarnação em comodato,

Muitas vezes me batem fortes desatinos,

Me recordo com tristeza horrendos fatos.

Minha raça é dita humana mas não parece,

Pois praticamos atos falhos ou criminosos,

Em atitudes que o mundo até se compadece,

Falsos cristãos fazem novenas com devotos.

Mais não praticam de verdade todos os ritos,

E nem tão pouco fazem a passagem do jejum,

Para doarem os alimentos não consumidos.

Aos famintos que se quer possuem algum,

São falácias que brindam ao mercantilismo,

Da páscoa mesmo, os praticantes são alguns.

PUBLICADO NO FACE EM, 28/03/2013

LUSO POEMAS, 28/03/2013