LEMBRANÇA

Quando, enfim, ficar careca

e dormir rangendo os dentes,

desistir de ir à Meca,

me cobrir nas noites quentes.

Tiver medo da idade

e de tudo que não sei.

Duvidar das novidades,

crer no que acho como lei.

Mergulhado na certeza,

me deixar à correnteza,

singrando a vida em replay.

Quando, então, cismar co'a morte...

Me lembre que tanta sorte,

foi amar-te como amei!

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 27/03/2018
Reeditado em 08/06/2018
Código do texto: T6291903
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