LEMBRANÇA
Quando, enfim, ficar careca
e dormir rangendo os dentes,
desistir de ir à Meca,
me cobrir nas noites quentes.
Tiver medo da idade
e de tudo que não sei.
Duvidar das novidades,
crer no que acho como lei.
Mergulhado na certeza,
me deixar à correnteza,
singrando a vida em replay.
Quando, então, cismar co'a morte...
Me lembre que tanta sorte,
foi amar-te como amei!