SILÊNCIO
O silêncio que grita dentro de mim,
Sem palavras, num gesto quase mudo,
Que ao dizer nada, tenta dizer tudo,
Quanta coisa a dizer calado assim.
Por que, este meu silencio não tem fim?
Se eu que não me conformo não me iludo,
Que neste grito forte, um tanto agudo,
Calado sem dizer, nem não, nem sim.
Este silêncio às vezes me tortura,
Que neste forte brado, neste grito,
Que para os quatro ventos, grita, brada.
De forma silenciosa, com ternura,
O silêncio que brada no infinito,
Mas nem o silêncio a todos sempre agrada.