A CRIATURA

Estamos andando em círculos

Adentramos na vida em cubículos

Somos os mais destros fictícios

Vivemos movidos por ofícios

Pomos aos solípedes cabrestos

E escrevemos confusos textos

E damos vazão a toda estultícia

E somos dos apedeutas, a milícia

Complicamos a simples nomenclatura

E damos a mais fútil e inescrupulosa razão

Só para dizer que temos vasta cultura

E subimos na nossa opulenta altura

E uma Forte Mão nos lança ao chão

Para mostrar quão fraca é a criatura.