Um soneto para Camões
Poeta nacional, vindo de Lisboa,
Acolchoa seu saber à literatura,
Figura em moldes clássicos, estro ressoa,
Entoa em boemia, voar pela altura.
Censura-se seu afeto; plebeia e nobreza,
Acesa vida, rodeada turbulência,
Essência aponta seu lápis, delicadeza,
Realeza em versar, motins em evidência.
Vivência conturbada; ferida e prisão,
Coração frustrado em serviço militar,
e seu olhar se apaga na perda da visão.
Pois então, os lusíadas... Veio a publicar,
O seu externar valioso era alto padrão,
Com pensão miserável, ‘no céu’ foi morar.
#ordonismo
Uberlândia MG
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