Será que eu ainda consigo transformar em poesia?
Acho interessante o jeito como me magoas.
Você sabe dos meus pontos fracos e abusa sem dó com mentiras.
Se eu pudesse, eu dar-te-ia outra vida
Para que tentes nunca ser partida.
Se humilhar é uma das formas do amor,
Das formas moldadas em gritos, há dor.
O ardor que o teu cheiro me traz já não tem leveza,
O perfume das plantas hoje predomina em toda minha mesa.
A voz é como um ato de liberdade,
Liberdade é um ato de coragem.
Homenageei as lagrimas dos teus olhos,
Que no luar se dissipavam em molhos.
Busca-se deixar a dor da saudade,
Há de prevalecer uma cumplicidade,
Dos ventos que levam, dos ciúmes que geram,
E do amor que se grita se calando e predominando-se em todas as gerações.