MAU PSICOGRAFIA
O poeta se diz um fingidor
Por não declarar a dor que sente
Mas, poderia ele falar ao confessor
O que em seu peito existe realmente?
Do mal oculto que o consome
Sente dilacerante agonia invisível
Capaz de apagar d’alma, feliz nome
Que outrora revelou alegria indizível
E quem não sente uma dor assim
Pois no coração, o amor surge sem fim
Melhor lhe fora alicerçar-se de paciência
Não sentindo o insano desejo da loucura
Que destrói a nítida consciência dura
Que mata e vivifica, apagando a existência