OLHOS DE MALDADE
Tenho vergonha em dizer,
Mas, conspurquei tua castidade,
Buscando apenas o prazer,
Depositei em ti olhos de maldade.
Meu espírito irriquieto clama,
Cai aos teus pés, em indulgência,
Não resisti à lúbrica chama,
Maculei a tua pura inocência.
Naquele dia, naquela praça,
A tua faceirice me desafiou,
Arrancou de mim a sobriedade.
Teu jeito de menina, tua graça,
Inteiramente de mim, se apossou,
Perdoe, os meus olhos de maldade!