PALAVRAS PRESAS // A PRESA SOLTA (c/Gonçalves Reis)

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Essas palavras presas na garganta,

que tão medrosas teimam em não dizer,

da paixão que arrebata e se agiganta,

mas, a razão não deixa acontecer...

Sufocados, já sofrem os anseios

que essa vida, se encarrega de manter

atados num discurso de rodeios,

que fazem, pobre alma, entristecer!

E a flor tão bela, aos poucos vai secando

despetalando os sonhos pelo chão

como poeira, o vento vai levando...

Quem dera fosse, tudo diferente

e no real morasse a ilusão...

pra germinar enfim, essa semente...

A PRESA SOLTA

(Gonçalves Reis)

E germinou em mim minha querida

Profunda essa semente renasceu

Colore e perfume nossa vida

E caminhamos juntos tu e eu...

Ao perguntar o que te aconteceu

E mostras para mim essa ferida

E falo-te ó ninfa esse Himineu

Te ajudará no fardo dessa lida...

Abraço-te e te aninho em meus braços

E nossos beijos vão para os espaços

Transformam-se num átimo em estrelas...

E olhando o céu de lágrimas e beijos

As almas se incendeiam de desejos

É grande o anseio para tê-las.

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Obrigado, querido poeta...

Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 29/08/2007
Reeditado em 30/08/2007
Código do texto: T628650
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