AS FOLHAS DO OUTONO
Pisei folhas. As primeiras desprendidas
Que no chão, formavam um tapete...
Cheiro acre no ar, outras retorcidas
Mansamente deslizavam no filete.
Filete de água, o que restou do rio!
Serpenteava em meio ao arvoredo
Da singela alameda, agora nua
De copas e galhos, era até sombrio...
Mas em prenúncio, tal qual a lua
Se revesava num mesmo enredo
Folhas caíam, atrás do sol se escondia...
Outras nasciam, seu viço se espandia,
Enquanto a luz do luar se anunciava:
Outono, derrubando folhas, imperava!