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AMARIA TE AMAR
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Amaria te amar, ingenuamente,
com meiguice e ternura, feito um mago,
sob uns líricos rituais de afago,
no ar mais amorável quão decente.
 

E, sóbrio sendo, já estou bem pago.
Amaria te ter, mas diferente:
que meu lado selvagem, indo à frente,
ora seja tão manso, quanto um lago.
 

Amaria te amar, mas sem alarde,
nas manhãs, madrugadas, pela tarde,
igual aos bichos brutos das fazendas. 
 

Uns carinhos, enfim, eu te faria,
em termos mais de amor que poesia,
os beijos a bordar-te de legendas.
 

Fort., 19/03/2018.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 19/03/2018
Código do texto: T6284076
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