Imagem fotografada por uma amiga
MEUS AMIGOS [793]
Meus papéis, um a um, irão comigo.
Levá-los-ei na lousa do meu tino.
Deles a companhia, a bom destino,
no Além, por certo, vai me dar abrigo.
Cada livro, a sorrir-me, e grande amigo,
no meu peito, canoro feito um hino,
há de pôr-me as lembranças do menino,
o ledor que olvidá-las não consigo.
E, no Além, só de cor, meu relicário,
arquivado nas caixas da memória,
sirva ao menos de lume e calendário.
Pois na estante do crânio, redivivos,
eles todos, meus livros, como glória
de inúmeros autores: meus amigos.
Fort., 18/03/2018.
MEUS AMIGOS [793]
Meus papéis, um a um, irão comigo.
Levá-los-ei na lousa do meu tino.
Deles a companhia, a bom destino,
no Além, por certo, vai me dar abrigo.
Cada livro, a sorrir-me, e grande amigo,
no meu peito, canoro feito um hino,
há de pôr-me as lembranças do menino,
o ledor que olvidá-las não consigo.
E, no Além, só de cor, meu relicário,
arquivado nas caixas da memória,
sirva ao menos de lume e calendário.
Pois na estante do crânio, redivivos,
eles todos, meus livros, como glória
de inúmeros autores: meus amigos.
Fort., 18/03/2018.