Ozymandias IV
Um olhar, como o de alguém abatido,
parece não acreditar. De sua realeza
já passou a glória, seu tempo é ido
e de sua majestade fugiu a beleza
Ao largo, partes de tronco e pernas
Partidas, num melancólico fim
De quem quisera em glórias eternas
Resta um legado de ruínas, assim!
Mas, a letra na pedra ainda ressoa
Sou Ozymandias! Olhem poderosos
e chorem, esta é minha obra e coroa
E nada resta, além de ruína mostrada,
E como miragem de horizontes ociosos
A epifania da volta desejada