Encenação
Através da palavra unicamente
O que vejo no tempo, de bandeja
A gerar no poema essa beleza
É entreaberta janela ao que desprende
O silêncio analisa a natureza
Toca breve o segredo que a desvende
Cordial no fazer-se confidente
E disperso nas letras como seja
Solidão sem disfarce nem remendo
Que entrará pelo espelho da memória
Envolvente ternura do acalento
Quando sinto esse enredo que me olha
Qual teatro a espreitar o seu elenco
Lá no fundo, ambiento a minha hora