PROFANO

Quiçá flor bela formosa, a mais pura de Samira,

Cuja fragrância exala por campos em suave Mirra.

A mais adorada exótica flor, pura e febril;

Com pétalas em orvalho em gotas de Luxúria.

Cintila no pomar dos meus desejos,

Carrego-te no peito como possessão diabólica.

Expurgo-me do pecado em seus beijos;

Não me condene ao holocausto do Inferno.

Antes de Flor... Eu fui um anjo;

Com as asas resplandecia um amor Inglório.

Nos seus braços de pecado, fogo eu abranjo.

Não vivo mais... Nem no céu e nem no inferno,

Uma imaculada, dantes flor e doce anjo;

Hoje, uma brisa fina, dum toque frio e eterno.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 16/03/2018
Código do texto: T6281698
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