OZYMANDIAS III

De tamanho e excelência exuberantes

Ereta, em cujo olhar se vê confiança

Povos que a seus pés viam, suplicantes

Ofereciam tributo e sua desesperança

De uma glória perdida e distante

A rutilante estátua imóvel padece,

Agoniza. Sem seu corpo confiante,

cortado, tombado ao largo, perece

Uma voz: Ozymandias, rei dos reis

eu sou. Ecoa, vinda de um passado

E a todos insiste falar: ainda vereis

E seguem assim, Ozymandias vem e vão

E como sussurro a ela encadeado

Também – Eles se erguem e caem ao chão.

Quinho Barreto
Enviado por Quinho Barreto em 16/03/2018
Código do texto: T6281484
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