OZYMANDIAS III
De tamanho e excelência exuberantes
Ereta, em cujo olhar se vê confiança
Povos que a seus pés viam, suplicantes
Ofereciam tributo e sua desesperança
De uma glória perdida e distante
A rutilante estátua imóvel padece,
Agoniza. Sem seu corpo confiante,
cortado, tombado ao largo, perece
Uma voz: Ozymandias, rei dos reis
eu sou. Ecoa, vinda de um passado
E a todos insiste falar: ainda vereis
E seguem assim, Ozymandias vem e vão
E como sussurro a ela encadeado
Também – Eles se erguem e caem ao chão.