OZYMANDIAS II
O uivante vento, após anos esquecida,
A colossal estátua vencida e rota revela,
Imersa na areia, a régia face abatida,
Contempla a desolação caída sobre ela
Mutilada, estática e só, fita, imóveis, também
Partes de pernas e corpo tombados ao largo
Diferente de quando fora feita por alguém
Agora, retrata da glória o gosto amargo
Na enorme base ainda se lê: Ozymandias
O nome do rei dos reis, olhai e vos assombreis
Com o que faço, pois já declinam os vossos dias
O que fiz ninguém fez, é fabuloso e perene
E todos, até vós, oh povos do futuro, sabereis
Refletindo em seus olhos como sinal solene.