Sonetos entrelaçados, em essência, é uma brincadeira que criei para me divertir, e da qual tenho gostado cada vez mais. Trata-se de dois sonetos seguindo os cânones tradicionais petrarquianos, dispostos em entrelace, ou seja, tendo suas estrofes misturadas.
Mas, para que não se tome dois sonetos quaisquer e se alterne as estrofes, simplesmente, criei cinco regrinhas que caraterizam os sonetos entrelaçados.
1 – Os dois sonetos precisam abordar o mesmo tema.
2 – Os dois sonetos precisam ser independentes. Ou seja, se separados, precisam continuar a ter sentido completo.
3 – Os dois sonetos precisam ter a mesma formatação métrica e rítmica.
4 – Os tercetos precisam ser intercambiáveis, ou seja, devem ser anexáveis a quaisquer dos quartetos.
5 – Quaisquer dos sonetos resultantes das combinações das estrofes, precisam terminar com sentido fechado, ou seja, possuir a “chave de ouro”.
Tente você também compor seus próprios sonetos entrelaçados. Espero que se divirta tanto quanto eu.
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DIVINA DÁDIVA
(Sonetos entrelaçados)
JB Xavier
Em tudo o Céu te foi condescendente,
Em tudo ele excedeu ao te brindar,
Ao dar-te esse sorriso de presente,
Ao dar-te a luz que brilha em teu olhar.
Buscou o Céu em ti a abdução
Que cliva a jóia e dá-lhe a liberdade
Livrando-a da jaça, a escuridão,
Tornando um sonho – tu – em realidade.
Em ti o Céu se faz onipresente,
Em ti ele instalou o seu cantar,
E fez eterno o riso adolescente
Com que sorris à vida em teu andar...
Em ti o Céu buscou a perfeição
Ousando por em ti tal divindade
Que encerras em teu lindo coração.
Em ti o Céu ousou a eternidade!
Em cada aurora em cada anoitecer
O Céu te fez num ato de magia.
Das flores tu ganhaste o teu perfume,
De luz o Céu tingiu todo o teu ser,
Depois, numa gentil idolatria,
Te deu de cada estrela o próprio lume.
E assim tu tens o estofo da magia,
O encanto das mais doces asperezas,
Em ti reside a luz, nasce o meu verso.
Em ti renasce o sonho, rompe o dia
Trazendo-me de novo essas certezas
De seres um resumo do Universo!
* * *
Mas, para que não se tome dois sonetos quaisquer e se alterne as estrofes, simplesmente, criei cinco regrinhas que caraterizam os sonetos entrelaçados.
1 – Os dois sonetos precisam abordar o mesmo tema.
2 – Os dois sonetos precisam ser independentes. Ou seja, se separados, precisam continuar a ter sentido completo.
3 – Os dois sonetos precisam ter a mesma formatação métrica e rítmica.
4 – Os tercetos precisam ser intercambiáveis, ou seja, devem ser anexáveis a quaisquer dos quartetos.
5 – Quaisquer dos sonetos resultantes das combinações das estrofes, precisam terminar com sentido fechado, ou seja, possuir a “chave de ouro”.
Tente você também compor seus próprios sonetos entrelaçados. Espero que se divirta tanto quanto eu.
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DIVINA DÁDIVA
(Sonetos entrelaçados)
JB Xavier
Em tudo o Céu te foi condescendente,
Em tudo ele excedeu ao te brindar,
Ao dar-te esse sorriso de presente,
Ao dar-te a luz que brilha em teu olhar.
Buscou o Céu em ti a abdução
Que cliva a jóia e dá-lhe a liberdade
Livrando-a da jaça, a escuridão,
Tornando um sonho – tu – em realidade.
Em ti o Céu se faz onipresente,
Em ti ele instalou o seu cantar,
E fez eterno o riso adolescente
Com que sorris à vida em teu andar...
Em ti o Céu buscou a perfeição
Ousando por em ti tal divindade
Que encerras em teu lindo coração.
Em ti o Céu ousou a eternidade!
Em cada aurora em cada anoitecer
O Céu te fez num ato de magia.
Das flores tu ganhaste o teu perfume,
De luz o Céu tingiu todo o teu ser,
Depois, numa gentil idolatria,
Te deu de cada estrela o próprio lume.
E assim tu tens o estofo da magia,
O encanto das mais doces asperezas,
Em ti reside a luz, nasce o meu verso.
Em ti renasce o sonho, rompe o dia
Trazendo-me de novo essas certezas
De seres um resumo do Universo!
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