Lamentos

Dos bens que tinha não me resta nada

Somente resta minha pobre casa

De longe suspiro, apenas a observar

Como pode, tão pobre um belo Lugar?

Da chaminé, fumaça risca o céu

Descreve a vida como num cordel

O tempo segue e eu fico envelhecido

Pobre lar no coração esculpido

A porta seu ranger agonizante

Belo canto da cigarra triunfante

Eu em minha velha rede a sonhar

Vida, barco de papel na enxurrada

Segue ate afundar, tudo passa e morre

Casinha, no monte, intacta, pobre

Pedro Alaercio
Enviado por Pedro Alaercio em 15/03/2018
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