Lamentos
Dos bens que tinha não me resta nada
Somente resta minha pobre casa
De longe suspiro, apenas a observar
Como pode, tão pobre um belo Lugar?
Da chaminé, fumaça risca o céu
Descreve a vida como num cordel
O tempo segue e eu fico envelhecido
Pobre lar no coração esculpido
A porta seu ranger agonizante
Belo canto da cigarra triunfante
Eu em minha velha rede a sonhar
Vida, barco de papel na enxurrada
Segue ate afundar, tudo passa e morre
Casinha, no monte, intacta, pobre