SONETO DA AMIZADE ALQUEBRADA

Amigo, és tão ermo em tua solidão

E sou tão firme no meu orgulho

Qual seria essa direção?

Que não cabe num mergulho...

A vida passa e fica uma cinza fria

Parafraseando um certo senhor...

Que percebeu a imensa fantasia

Do distanciamento e do desamor

Agora somos quase estranhos numa rua vazia

E ninguém conhece as causas do Big-Bang...

E nem se fala ou se discute tal valia

O que ficou ainda resta meio torto

O que virá é incerto e fulgura...

Como tudo que ainda não é morto.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 15/03/2018
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