Longa Espera

Agora adormecida ela descansa
Enquanto, na cadeira, acalentado,
Vejo o tempo fluir pouco apressado;
Deixo para amanhã minha esperança.

Mando para o futuro o olhar que cansa
Para ver o presente no passado,
No entanto o que vejo é soro pingado:
Gota sim! Gota não! O frasco dança!…

Mas enfim ouço a voz tão costumeira,
Que me traz em sussurros um alento,
Pretexto para eu ir à cabeceira.

Ela então me sorrir (riso doído),
Confortante, porém; porquanto, atento,
Vi que o medo da dor havia partido.
Antonio R Filho
Enviado por Antonio R Filho em 13/03/2018
Reeditado em 06/03/2021
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