Divagando
Não serei poeta dalgum mundo caduco,
tampouco versarei sobre beleza e luz;
um escravo da realidade, sou eunuco,
essa azulada cor do mar não me seduz.
Lembremos que o universo é mui grande,
porém, um vate com particular visão,
traz o futuro para o presente e o expande,
de modo que o transcendental é ilusão.
Então não serei cantor de árias mortas,
nada contribuirei para qualquer história,
entretanto, versejarei por linhas tortas.
Mas, em tudo que farei não haverá glória,
pois o que o poeta escreve, sequer importa,
sua obra, a posteriori, é apenas escória.
Não serei poeta dalgum mundo caduco,
tampouco versarei sobre beleza e luz;
um escravo da realidade, sou eunuco,
essa azulada cor do mar não me seduz.
Lembremos que o universo é mui grande,
porém, um vate com particular visão,
traz o futuro para o presente e o expande,
de modo que o transcendental é ilusão.
Então não serei cantor de árias mortas,
nada contribuirei para qualquer história,
entretanto, versejarei por linhas tortas.
Mas, em tudo que farei não haverá glória,
pois o que o poeta escreve, sequer importa,
sua obra, a posteriori, é apenas escória.