VOLTO AO PONTO DE PARTIDA.

Depois de muito caminhar volto ao ponto de partida,

Vejo a tocha num pavio que está prestes a definhar,

E o sopro eterno desta vida precisa ser reacendido,

Porque o vento intenso move até um grande navio.

Mas a minha fé mesquinha as vezes me demoniza,

Não progride ó que vidinha quero uma sacerdotisa,

Sinto-me em maus lençóis as coisas não cristalizam,

Preciso é desfazer os nós quando a vida me ironiza.

Firmo o olhar onde alcança vejo o horizonte pertinho,

As estrelas com mais brilho as trato como vizinhas,

Outras parecem bem distantes é o que as vezes sinto.

Compreender é meu perseguir agregando consciência,

É Escrevendo que me integro aos mistérios da ciência,

Quero formular o meu existir com alguma consistência.

PUBLICADO NO FACE EM 13/03/2018

LUSO POEMAS 12/11/2013