. . .Quem me dera. . .

Quem me dera poder chorar minhas amarguras,

Lavar a alma banhada de lágrimas tão sinceras;

No rosto límpido a face de um Anjo de candura.

No corpo, lavas de um Vulcão em vísceras.

Quem me dera sufocar cada palavra,

Numa harmonia de Sonetos miseráveis;

Não lhe falei: que o amor foi a minha desgraça?

Feito uma quimera rugindo seus lamentos.

Quem me dera pensar com razão;

E na glória de paixões e lascívias carnais,

Absintaria o meu crédulo Coração.

Quem me dera abster-me do Sepulcro,

Um espírito que transcende imutável;

Duma vida sacrificada, por um amor tão Puro.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 13/03/2018
Reeditado em 13/03/2018
Código do texto: T6278721
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