TEMPO DE INFÂNCIA

Voava embalado pela saudade

E vagava no tempo de infância,

Quando vivia fora da realidade

E desconhecia toda a ganância.

Sentava-me debaixo do arvoredo

E ouvia dos pássaros o gorjeio,

Ao despertar do sol, ainda cedo.

Tudo era belo, nada era feio!

Os montes enchiam meus olhos

Das várias cores que os enfeitavam

E os pássaros cantavam e encantavam.

E esta saudade colheu nos molhos

As alegrias do doce tempo de criança,

Quando não sabia haver desesperança.