Salvo-conduto
 
Resta o consolo, os ares dos confins;
as rígidas regras cegas do cercado;
o débil tom no azul-esverdeado
que o imponderável reservou pra mim
 
O azedo-doce dos sabores dúbios,
austeridade cômica dos preteridos,
por em acasos, até despercebidos
rogar à fé que refuta, absurdo.
 
Evoco inveja até dos desprovidos
dos incapazes de um soneto amigo
que enfim, me serve de salvo-conduto
 
...e a impressão de não estar maluco
se reitera frente ao inimigo:
em consequência de estar só, consigo