NA GUERRA DE FORTES CONTRA FRACOS (*)
Pobres seres não têm sorte...
Suas almas sofrem só
– Dão pena, dão tanto dó!...
E são vistas qual a morte.
São pobres e estão sem portos.
Tangenciam seres nulos
E esses termos não são chulos,
São rótulos postos... tortos!
Triste e desbotada vida
É despercebida, ida,
Explorada e então falida:
Carimbada como “nada!”...
Pelo brasileiro nobre,
Sanguessuga, contra pobre.
Salvador, 04/02/2017.
(*) In: BENSABATH, P. (Org.). Coletânea elos literários 7. Porto Alegre: Alternativa, 2018. p. 350-353. (v. 7)