ITINERÁRIO

Trago nas mãos determinado poema,

Que o tempo escreveu em todo meu corpo;

E brindo agora neste frágil copo,

Sorvendo o aroma do meu vil dilema.

Tropeço trôpego no estratagema,

Para chegar incólume ao topo;

Aportar como todos no porto,

Nessa evidência obvia de uma gema.

Palmilho trilhas antes insondáveis,

Perscrutando vapores admiráveis,

Minha prole, queridos ancestrais...

E me morro tranqüilo sendo visto,

Por ter sido na terra esse benquisto,

E ter vivido em prol da amiga paz!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 10/03/2018
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